No cardápio alimentar, pratos criados por diversos cozinheiros nos são apresentados e ali montamos o nosso "menu". Nos restaurantes "à la carte" ou "self-service" escolhemos o que gostamos. E podemos misturar, por exemplo:
Da culinária italiana, ponho no meu prato um pedacinho de lasanha.
Da culinária árabe, me sirvo de um pouco de tabule.
Da culinária portuguesa pego um pouco de bacalhoada.
Da culinária japonesa me sirvo de dois ou três makimonos (sushi).
E da culinária brasileira completo meu prato com arroz branco.
Claro que isso é um exemplo, embora eu goste mesmo de todos esses pratos. Mas se possível fazer isso com a nossa alimentação física, por que não fazer o mesmo com a nossa alimentação espiritual. Tanto o "pão" do corpo como o "pão" do espírito pode nascer de uma combinação de diferentes ítens.
Essa é a proposta essencial deste blog!
Que cada pessoa tenha sua própria busca, monte seu próprio "menu", utilizando as religiões já existentes no mundo. Para isso é necessário conhecer cada uma delas, ou pelo menos aquelas que nos despertam interesse.
São tantas religiões, que muitas vezes as pessoas ficam perdidas tentando descobrir qual é a certa. Algumas pessoas escolhem uma e se sentem felizes nela. Outras acham que falta alguma coisa, não encontram ali todas as respostas que procuram, mas acham que tem que escolher apenas um caminho - me refiro aos caminhos já prontos, que foram construídos por outros seres humanos ao longo dos tempos.
Cada pessoa, usando elementos de duas, três, dez religiões existentes pode formar seu próprio caminho! Cada pessoa tem a SUA busca, o SEU caminho. O caminho de cada um de nós é e deve mesmo ser individual.
Leia com atenção esta história zen-budista que ilustra perfeitamente este assunto do qual estamos tratando aqui:
"Um homem, q buscava o caminho da espiritualidade, chegou ao pé da montanha da Verdade e quis saber qual era o caminho que o conduziria à Iluminação. De cada homem santo a quem perguntava obtinha uma resposta diferente. Depois de muito pensar, decidiu-se por um caminho e afirmou que aquele era o único caminho que o levaria ao topo da montanha. Quando chegou ao topo o homem olhou para baixo e viu que os caminhos que levavam ao topo eram tantos quantos eram as almas que procuravam a montanha".
Mas e os maus? E os que não querem "chegar ao topo da montanha"? Bom... eles um dia despertarão e então surgirá para eles um caminho, ou seja, ou eles se identificarão com um caminho já pronto, ou usando elementos desses mesmos caminhos já existentes, construirão seu próprio caminho.
No entanto os elementos "colhidos" na construção do CAMINHO PESSOAL, devem ter afinidade entre si, devem ser compatíveis, de preferência pertencendo a mesma "etapa da fé", porque se não um irá bater de frente com o outro. Será o mesmo que tomar um remédio e em seguida tomar outro, que combate o efeito do primeiro.
Portanto é indispensável essa atenção.
Por exemplo: não devo frequentar dois templos onde um anula o que é ensinado no outro. A não ser numa fase de dúvida e transição. Porque uma vez que encontrei minha identificação, minhas respostas, ouvir instruções contrárias ou incompatíveis com a "minha verdade" só poderá confundir e assim atrazar o meu progresso evolutivo.
Vou apresentar meu próprio "Cardápio Espiritual", pra exemplificar melhor esta proposta.
Somos seres livres e pensantes, portanto capazes de construirmos nosso próprio caminho sem depender diretamente de alguém que nos conduza. E sem medo de ser feliz!
Muita gente já pratica essa filosofia de vida. E quem ainda não tentou, convido a experimentar! Vale a pena!!!
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